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Um destaque do Pardo-Suíço é a sua utilização nos cruzamentos com outras raças. A sua coloração uniforme, com pele pigmentada, garante maior proteção contra a radiação ultravioleta, impedindo as doenças relacionadas com a exposição ao sol. A resistência ao calor permite que os touros acompanhem os rebanhos zebuínos. As qualidades da raça e a uniformidade das crias são vistas já na primeira cruza(F1). No Brasil, estima-se que exista cerca de 1 milhão de cabeças oriundas de cruzamento com a raça Pardo-Suíço. Pelo excelente resultado dos cruzamentos os machos Pardo-Suíços são muito procurados e comercializados como reprodutores.
Os cruzamentos mais utilizados são os seguintes:
– Linhagem Leiteira:
1.Pardo-Suíço x Girolando(tricross): Caracterizado por pelagem escura, uniforme e produzir machos rústicos e fêmeas produtivas, férteis e com maior persistência de lactação e adaptação à máquina de ordenha.
2.Pardo-Suíço x Indubrasil: Os produtos deste cruzamento são conhecido como animais Itapetinga, denominação proveniente do sul da Bahia, região onde o cruzamento é popular. Estes animais impressionam pelo grande porte e pela boa produção leiteira.
3.Pardo-Suíço x Guzerá: Crias conhecidas como Lavínias. É outro cruzamento muito utilizado no Nordeste. Em média, as fêmeas adultas pesam entre 450 e 550 kg.
4.Pardo-Suíço x Gir: Este cruzamento resulta em animais com pelagem mais uniforme, maior estatura, boa produção de leite e em úberes com tetas de tamanho e formato mais desejáveis.
– Composto Leiteiro: A novidade da raça Pardo-Suíça nos cruzamentos é a criação do Composto Leiteiro. Trata-se de um produto obtido por meio do cruzamento entre raças buscando assim uma maior heterose. Assim temos animais mais rústicos, com maior vigor e produção. O Composto leiteiro para ser registrado terá que ter em sua composição racial um mínimo de três raças o que garantiria um máximo nível de heterose. Ter no mínimo 25% de sangue Pardo-Suíço. O objetivo é a produção de leite no clima tropical e subtropical onde a base da alimentação são pastagens. Estes animais se adaptam ao mais variado clima e relevo com manejo e alimentação simples propiciando a sua utilização em pequenos e médios produtores.
– Linhagem Corte:
Pardo-Suíço x Nelore: Este cruzamento é muito difundido no Brasil, o F1 apresenta garrotes precoces e pesados, as fêmeas são excelentes reprodutoras, melhorando muito a habilidade materna em relação as suas mães. As ½ sangue desmamam seus bezerros com média de 235 kg aos 7 meses de idade, chegando aos 24 meses com 590 kg. Este cruzamento foi campeão da Prova de Carcaça em Uberaba/MG, com 24 meses de idade, 598kg de peso vivo e 344 kg de peso morto, alcançando 57,33% de rendimento de carcaça. Já no IMEP, Instituto Melon de Estudos, em Goiás, o rendimento foi de 58,17% em produção de novilho superprecoce. Em teste realizado no Mato Grosso do Sul, em parceria com a EMBRAPA/CNPGC – Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte, o pardo-Suíço cruzado com zebu foi o melhor ganhador de peso, com 1.010g/dia, em regime de pasto. Já em confinamento, os cruzados apresentaram um peso final médio de 518 kg, ganho de peso médio diário de 1.844g, com rendimento de carcaça de 55,20%. A camada de gordura externa foi de 3mm. Alguns destes animais registraram ganho de peso diário acima de 2.000g.
Pardo Brasil
São animais 5/8 de sangue Pardo-Suíço Corte. O objetivo do Pardo Brasil é obter fêmeas precoces, com boa habilidade materna, férteis e os machos chegando aos 24 meses com 20 arrobas. Já conseguimos atingir esta meta, ano passado foram abatidos 85 touros com média acima de 20 arrobas, e as fêmeas estão com média de prenhes de 93,33%. Estamos com uma parceria com a Universidade de Marília que esta avaliando 50 touros Pardo Brasil, neste trabalho teremos dados de ganho de peso, conversão alimentar, carcaça, marmoreio, entre outros.